O governo quer que deputados se responsabilizem pelos apadrinhados em segundo e terceiro escalões. Para a aprovação da reforma da Previdência, a equipe do presidente Jair Bolsonaro se articula, mas ainda está longe de conquistar o apoio necessário.
A ideia, segundo os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida, é que os deputados assinem uma planilha, ao lado dos nomes de seus indicados, para que possam ser cobrados caso os afilhados políticos cometam alguma irregularidade. Assim, o governo amarra, também, garantias para o futuro.
No Bate Papo Político desta segunda-feira (18), Beto Almeida alertou que ‘amarrar’ o parlamentar ao governo é uma estratégia que não funciona. “Não vi nenhuma prática assim que tenha dado certo.” Segundo Beto, até agora, os únicos cargos destinados aos deputados são de ‘carne de pescoço’ – terceiro escalão – não dando o retorno esperado pelos deputados.
Para o jornalista, “a bancada federal do Ceará está sendo pragmática“. O deputado federal Capitão Wagner (PROS), por exemplo, decidiu que não quer indicar ninguém a nenhum cargo federal no estado. O deputado espera estar livre para votar contra os artigos da reforma.
Para Luzenor de Oliveira, a decisão “é uma realidade que pode animar o eleitor, mas do ponto de vista político é inviável“. No caso das indicações, o jornalista alerta, ainda, que é preciso conhecimento técnico para evitar incapacidade administrativa.