O governo federal detectou quase 1,2 mil pessoas já falecidas que estavam recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda. Pouco mais de 70 passaram a receber o auxílio depois de já terem morrido.
O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Alberto Beltrame, disse que o caso já entra para a esfera policial. Disse que caso a caso serão estudados para ver o que aconteceu, ver existe alguma coisa organizada por trás.
O governo ainda identificou como beneficiárias do BPC famílias com renda per capita acima de dois salários mínimos (R$ 1.874). A lei diz que só têm direito ao auxílio as famílias que ganham até 1/4 do salário mínimo (R$ 234,25) por pessoa. O valor do benefício é de um salário mínimo (R$ 937).
A pasta começou a fazer um pente-fino no BPC em janeiro, após uma década sem que os benefícios tivessem sido revisados, embora a lei preveja uma verificação periódica a cada dois anos.