A Executiva Regional do PSDB anuncia, nesta sexta-feira, 27, os nomes dos candidatos a vice-governador e ao Senado Federal. O partido realizará convenção, no próximo domingo, no Ginásio da Faculdade Ari de Sá, na Avenida Heráclito Graça, em Fortaleza, e oficializará a candidatura do general Theophilo Gaspar ao Governo do Estado e a aliança majoritária (Governo e Senado) com o PROS. O assunto ganhou destaque dentro do Bate Papo Político da edição desta sexta do Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza + 25 emissoras no Interior).
Com a desistência do ex-senador Luiz Pontes de concorrer ao Senado, os tucanos têm dois nomes para essa vaga: o ex-governador Lúcio Alcântara e a médica Mayra Pinheiro. Lúcio recebe pressão de familiares para ficar longe da disputa eleitoral, mas o ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, trabalha para convencê-lo a entrar na briga ao Senado.
Mayra já foi candidata a deputada federal nas eleições de 2014 e, nos últimos dois anos, tentou criar um novo caminho partidário, mas decidiu voltar ao ninho tucano e, agora, se articula para viabilizar a candidatura senatorial. “Com Lúcio ou Mayra, o PSDB enfrenta aquele dilema: ganha, mas não leva”, analisa um ex-tucano que hoje integra a base política do Governo do Estado.
A expressão ‘ganha, mas não leva’, usada pela ex-tucano, pode ser interpretada no contexto de que nem Mayra, nem Lúcio tem história e compromisso com o PSDB. Lúcio foi vice-governador, senador e govenador pelas mãos dos tucanos e, em 2006, quando estava no Governo do Estado, contrariou o senador Tasso Jereissati que tentou persuadi-lo a não disputar a reeleição. O conflito fez Lúcio abandonar o PSDB, só voltando 12 anos depois.
Mayra era considerada, nas eleições de 2014, um nome de renovação no ninho tucano, disputou um mandato de deputada federal, exerceu a Presidência do Sindicato dos Médicos e contribuiu para o PSDB se inserir no debate sobre as falhas no funcionamento da rede pública de saúde. Essa condição de líder sindical e a fiscalização sobre os hospitais mantidos pelo Governo do Estado deixaram Mayra ainda mais identificada com os tucanos.
Desencantada com os rumos do PSDB que perdeu consistência no cenário nacional com a Operação Lava Jato e, diante dos ventos de renovação política, Mayra desembarcou no PSL – sigla que tem hoje o deputado federal Jair Bolsonaro candidato a Presidente da República. A passagem de Mayra pelo PSL foi meteórica. A ex-líder sindical decidiu voltar ao PSDB e, agora, briga para ser candidata ao Senado.