Sobe para 400 o número de pessoas presas suspeitas de participarem da maior onda de ataques do Ceará, desde o dia 2 de janeiro, segundo balanço da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Estado. O balanço corresponde às capturas feitas até às 7h deste domingo, 20.
Desde o início da onda de violência, que atinge municípios em todo o Estado, suspeita-se que a ordem para os ataques parta de presídios onde estão líderes de facções criminosas.
+ Ceará sofre com a 19ª dia seguido de ataques.
Na sexta-feira, 18, três homens foram presos após incendiar um ônibus na Capital. Na madrugada desse sábado, décimo oitavo dia de ataques, criminosos provocaram uma explosão em uma ponte em Fortaleza. Durante a noite, mais dois atentados foram registrados. Hoje pela manhã, uma topique também foi incendiada, na Avenida Castelo Branco, Jangurussu.
As ações de facções criminosas deixaram em alerta todo o Estado. Prédios públicos, viadutos, estradas, ônibus e locais com veículos foram incendiados ou atingidos de alguma forma pelos grupos.
Convocados pelo governo do Ceará para reforçar a segurança pública, 800 dos cerca de 1.200 policiais militares da reserva apresentaram-se à corporação, em Fortaleza, na manhã dessa sexta-feira, e 150 já voltaram a patrulhar as ruas da capital do estado, alvo de ataques criminosos organizados.
Na quinta-feira (17), o governador do Ceará, Camilo Santana, pediu ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o reforço do apoio dado pelo governo federal no combate aos ataques promovidos por facções. Homens da Força Nacional de Segurança Pública reforçam as ações de seurança no Ceará desde o início deste mês.
A ofensiva teria começado em reação à nomeação do secretário de Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque, e às medidas anunciadas como a não separação de presos em presídios por facção.