O número de celulares apreendidos no sistema penitenciário do Ceará teve uma drástica redução no comparativo dos primeiros semestres de 2019 e 2020. No ano passado foram 2.635 aparelhos celulares encontrados ou impedidos de entrar nas unidades prisionais do Estado. No mesmo período deste ano foram apenas 91 celulares capturados pela SAP, em 11 unidades diferentes.
O número comprova a eficácia da Secretaria da Administração Penitenciária no combate ao uso irregular de aparelhos de telefone no sistema. O resultado é a junção de práticas como as vistorias sistemáticas e rigorosas, a ajuda da tecnologia, através de equipamentos como o body scanner e o malote eletrônico, e a convocação, redistribuição e treinamento dos policiais penais.
O secretário Mauro Albuquerque enfatiza sobre as vidas salvas com o encerramento da comunicação das organizações criminosas.
“Esses celulares que deixaram de entrar salvaram filhos de muitas pessoas. As ordens de execução e cometimento de crimes vinham de dentro do cárcere. A quebra da comunicação é ação prioritária para a desestruturação desses grupos. Além disso, existia a prática rotineira de golpes como falsos seqüestros e sorteios fantasiosos. Nós acabamos esse tipo de golpe”, assegura.
Mauro também ressalta sobre o elevado valor que esse tipo de aparelho tem no sistema.
“Um telefone celular é mais valioso que droga. O aparelho tem o poder de empoderar o interno e gerir quadrilhas fora dos presídios. As tentativas são diversas como uso de drones, micro aparelhos e uso de visitantes. Nós estamos preparados para combater e a meta é zerar por completo a entrada desse tipo de material no sistema. Além da captura em si, esses equipamentos também alimentam a Inteligência integrada das forças de segurança com informações, o que já desencadeou operações importantes”, finaliza.