Desde 1994, quando foi lançado o Plano Real, o Brasil convive com seis valores diferentes da moeda, sendo que a de R$ 1 tem o maior valor de face. Uma pesquisa publicada pelo Banco Central mostra, no entanto, que 21% dos brasileiros acham necessário o lançamento de moedas com valores mais altos. Outros 77,1% não veem necessidade disso.
A moeda de R$ 1 não possui hoje o mesmo valor que tinha em 1994, quando começou a circular. A inflação acumulada desde o início do Plano Real, de cerca de 488% até junho deste ano, reduziu o valor de compra da moeda. Na prática, um brasileiro que comprava algo com R$ 1 em 1994 precisa gastar hoje quase R$ 6 para adquirir o mesmo produto.
Os dados do Banco Central, mostram que os nordestinos são os que mais se ressentem de moedas mais altas: 33,3% deles defendem o lançamento de opções com valores superiores a R$ 1. A pesquisa revelou ainda que 18,4% dos brasileiros acham necessário que se coloque em circulação nota com valor superior a R$ 100. No Nordeste esse percentual é de 28,2%. De acordo com o Banco Central, não há previsão no momento para o lançamento de uma “terceira família” de cédulas de real.