Três em cada dez (30%) trabalhadores já venderam o tíquete-refeição que recebem de seu empregador, segundo uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A comercialização de benefícios como vale-refeição e vale-alimentação se trata de crime de estelionato e pode causar demissão por justa causa.

De acordo com o levantamento, 15% dos profissionais vendem o benefício apenas ocasionalmente, enquanto 14% dos trabalhadores fazem disso um hábito. No total, 44% dos entrevistados nunca venderam benefícios, e outros 26% não recebem tíquetes de auxílio à alimentação.

Na pesquisa, 29% admitiram que tomam essa atitude para complementar a renda e 25% para realizar compras no dia a dia. No total, 22% usam os valores para pagar contas ou dívidas, e 22% poupam o dinheiro que recebem em troca.

O estudo também apontou que 36% dos consumidores que recebem tíquete não costumam analisar os gastos referentes a esse cartão. Por outro lado, 39% são mais cuidadosos.

Segundo os dados analisados, 17% das pessoas extrapolam com frequência o valor que recebem por mês com o vale. Em cada dez que extrapolam o valor do tíquete-refeição, três (30%) justificam que a quantia recebida é muito baixa, se comparada ao preço médio dos restaurantes na região em que trabalham.

Confira 7 dicas do SPC Brasil para economizar no vale-refeição

1. Saiba o limite que tem no vale-refeição e controle o valor diariamente. Geralmente, aplicativos para celular permitem a consulta a um extrato das despesas.

2. Cuidado com o hábito de usar seu tíquete para pagar jantares, bares e até compras no mercado. Lembre-se de que o valor é para custear seus almoços feitos durante o expediente. O hábito pode ter como consequência que o valor disponível acabe antes do fim do mês.

3. Não se iluda pelo tamanho do prato em restaurantes por quilo. Uma técnica usada pelos estabelecimentos é adotar pratos grandes, que dão ao cliente a sensação de que colocaram uma quantidade pequena de comida. Evite cair nessa pegadinha!

4. Sempre que possível, evite comprar bebidas e sobremesas, que costumam ser mais caras nos restaurantes. Além disso, vale evitar o cafezinho. Uma opção é tomar quando retornar à empresa, já que a bebida costuma ser de graça.

5. Tente conhecer melhor a região ao redor de seu trabalho, ou seja, vá um pouco mais longe, vendo se há lugares bons e mais baratos.

6. Procure saber se alguns restaurantes próximos têm programas de fidelidade, que dão brindes ou descontos após um determinado número de refeições naquele lugar.

7. Outra alternativa é fazer as refeições em horários alternativos. Alguns quilos oferecem desconto após, por exemplo, as 14h, quando o movimento cai bastante.