No primeiro trimestre deste ano, 41,8% da população de 18 a 24 anos, os jovens brasileiros, fazia parte do grupo dos subutilizados no mercado de trabalho, isto é, estavam desempregados, desistiram de procurar emprego ou tinham disponibilidade para trabalhar por mais horas na semana.
No Ceará, segundo pesquisa encomendada pelo Instituto Dragão do Mar ao Laboratório das Artes e das Juventudes da Universidade Federal do Ceará (Lajus/UFC) e em parceria com o Instituto Oca, existem quase 700 mil jovens, no Ceará, entre 16 e 29 anos, que nem estudam, nem trabalham de maneira formal e nem estão procurando emprego.
No país
Em números absolutos, são 7,337 milhões de jovens brasileiros subutilizados, o maior número já registrado desde que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio (Pnad) começou a ser apurada em 2012.
A subutilização de brasileiros de 18 a 24 anos é sempre maior no mercado trabalho, mas em momentos de crise essa tendência se agrava porque os jovens têm menos experiências e baixa qualificação. Portanto, são os mais vulneráveis aos momentos de crise.
E, com menos jovens entrando no mercado, cairá a contribuição para o sistema previdenciário, levando prejuízo ao sistema já deficitário.
O quadro mais difícil para os jovens fica evidente quando se compara o crescimento da população de subocupados de 18 a 24 anos em relação ao total dos brasileiros. Entre 2012 e o primeiro trimestre de ano, a fatia de subocupados na economia brasileira passou de 20,9% para 25%, enquanto entre os jovens de 18 a 24 anos o aumento foi de 30,1% para 41,8%.