Oito a cada 10 pessoas no Ceará estão sem a proteção mais atualizada contra a Covid: apenas 1,2 milhão de doses foram aplicadas, enquanto o público apto para tomar a vacina é de 7,6 milhões de indivíduos. Autoridades de saúde frisam a importância do reforço vacinal com o surgimento da subvariante EG.5, conhecida como ‘Eris’, com maior potencial de transmissão. A realidade estadual aponta que apenas 16,73% da população está protegida, conforme os dados da Secretaria da Saúde do Ceará. Em Fortaleza, a situação é semelhante: somente 18,6% do público garantiu a bivalente, como a Secretaria Municipal da Saúde repassou durante entrevista concedida ao Diário do Nordeste. Autoridades sanitárias apontam que uma cobertura vacinal entre 70% e 80% é o mais ideal e alertam sobre a vulnerabilidade, especialmente dos pacientes idosos ou com doenças crônicas, com a nova forma do vírus.
As vacinas estão disponíveis nos 118 postos de saúde, de segunda a sexta-feira com duas unidades plantonistas aos fins de semana, além dos Vapt Vupt (com agendamento), em Fortaleza. Ainda não há confirmação da subvariante Eris entre os estados brasileiros, segundo a Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz que publicou um boletim. A nova subvariante é uma derivada da Ômicron, forma predominante do vírus em todo o mundo, e foi considerada como uma variante de interesse pela Organização Mundial da Saúde. As informações foram reunidas pela Sociedade Brasileira de Infectologia. A mutação já foi identificada em 51 países e, devido a maior capacidade de transmissão, pode se tornar a principal forma circulante. Ainda assim, a OMS classificou a EG.5 como de baixo risco para a saúde pública em nível global. Isso significa que, mesmo com a confirmação da subvariante, não foi identificada maior gravidade dos casos de Covid.