O assunto é tratado com reserva, com respeito aos irmãos Cid e Ciro Gomes (PDT) e ao governador Camilo Santana (PT), mas o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), sonha com o Governo do Estado. Aos mais próximos, a recomendação é única: cautela. Há, porém, os mais ousados que deixam no ar: se houver oportunidade, Roberto Cláudio coloca o sonho de governar o Ceará logo em 2018. A tática é semelhante a adotada pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB): se me quiserem, estou dentro. Os mais afoitos assessores de Roberto Cláudio sabem que existe uma fila, mas se o Chefe estiver bem avaliado e com boa popularidade, não h&aac ute; porque deixar o sonha para 2022.
Camilo 2018
O primeiro nessa fila da sucessão estadual é o governador Camilo Santana, que, por lei, tem direito a concorrer a um novo mandato. Camilo quer a reeleição, mantém uma linha de lealdade com os irmãos Ferreira Gomes sem atropelos. Sabe que a reeleição é possível desde que esteja com o governo bem aceita pela população e com boas perspectivas eleitorais.
Bom de papo
O governador Camilo Santana e o presidente do Senado, Eunício Oliveira, foram pragmáticos, objetivos e sem meias palavras no encontro sobre obras de interesse da população cearense. Camilo, com o seu estilo de homem de diálogo, pediu audiência ao presidente do Senado que não se negou a recebê-lo. Eunício foi feliz ao dizer que defenderá em todas as situações os interesses do Estado do Ceará.
Batalhão de engenharia
A burocracia pode deixar o presidente Michel Temer em maus lençóis com uma banda da população nordestina que depende das águas do Rio São Francisco. O nó é a retomada das obras da transposição entre Salgueiro (PE) e Jati (CE). Sem essas obras, as águas não chegarão e a conta cairá no colo do Governo Federal e de muitos aliados do Palácio do Planalto. Desde o segundo semestre de 2016, o deputado federal Danilo Forte (PSB) insiste com a entrada do Batalhão de Engenharia do Exército para realizar a obra. Com chuvas escassas e sem a transposição, o Ceará enfrentará colapso no abastecimento de água para a p opulação.
Sem meio termo
O prefeito de Caucaia, Naumi Amorim (PMB), precisa agir com mão de ferro e evitar os primeiros focos de nepotismo ou privilégio salarial para familiares. A denúncia do pastor Dalmácio, com conteúdo nesta edição do GP, precisa ser apurada e, se há excesso em gratificação ou remuneração por parte da irmã de Naumi, o dinheiro pago a mais deve retomar aos cofres públicos. A moralidade precisa começar dentro de casa.