A Caixa Econômica Federal (CEF) acabou de ter uma presidente nomeada após a demissão de Pedro Guimarães. Daniella Marques, a nova mandatária do banco, possui uma vasta experiência profissional e, antes de ocupar o posto na Caixa, ela era a líder da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade, que entre outras atribuições, era responsável pelo desenvolvimento de um marco regulatório para as apostas esportivas no Brasil. Além disso, Daniella é próxima do ministro da Economia, Paulo Guedes, de quem foi sócia antes de adentrar ao governo comandado por Jair Bolsonaro.

A nova presidente da Caixa Econômica é formada em administração pela PUC do Rio de Janeiro, tendo também um MBA em finanças. Em sua experiência profissional, Daniella acumula 20 anos de carreira atuando no mercado financeiro antes de passar a integrar o governo Bolsonaro a partir de 2018. Durante o período em que trabalhou na iniciativa privada, ela foi sócia de Paulo Guedes na Bozano Investimentos.

Ela assume o posto na Caixa após Pedro Guimarães solicitar exoneração do cargo, sendo que ele foi denunciado por assédio sexual por funcionárias da CEF. Com isso, alguns apontam que a escolha, além de ser acertada do ponto de vista econômico, já que Daniella tem uma ampla experiência no mercado financeiro, também foi assertiva politicamente, já que após as denúncias contra Guimarães, Bolsonaro optou por selecionar uma mulher para ser a nova presidente da CEF.

            Regulamentação dos jogos

Como dito, a presidente da Caixa era anteriormente uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento da regulamentação das apostas esportivas e loterias no país. Sendo que atualmente, as plataformas de palpites esportivos e jogatina online podem atuar no Brasil desde que a sede da operadora esteja localizada no exterior. Com isso, sites com os melhores cassinos ao vivo ficaram extremamente populares entre o público tupiniquim, já que além de disponibilizarem uma grande variedade de jogos clássicos, como blackjack, poker e roleta, conseguem simular com grande fidelidade as mesas de jogatina, oferecendo também bônus e promoções que deixam a experiência muito mais acessível.

A popularização deste setor nos últimos anos fez com que os parlamentares voltassem a discutir a criação de um marco regulatório dos jogos de azar, que abarcaria tanto a prática da modalidade em ambiente virtual quanto físico. O Projeto de Lei que trata do assunto é o 442/91, que acabou sendo votado e aprovado na Câmara dos Deputados em fevereiro deste ano e posteriormente foi enviado para o Senado, onde está engavetado desde então.

Havia uma grande expectativa de que o Projeto de Lei 442/91, assim como a Medida Provisória que regulamentaria as apostas esportivas online fossem sancionados ainda no primeiro semestre, no mais tardar no começo do segundo. Contudo, como essas propostas são vistas como um tema polêmico, há uma grande possibilidade de que esses textos voltem a ser discutidos pelos parlamentares somente após o resultado das eleições presidenciais.

Ainda assim, recentemente, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi nomeado como o relator da matéria e já disse em plenário que a regulamentação dos jogos de azar no país seria uma das principais alternativas para bancar o piso salarial da enfermagem, que foi aprovado recentemente. Após essas declarações, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), relatou que a proposta não deve ficar engavetada na Casa, e que há grandes possibilidades de que seja aprovada. No entanto, o parlamentar não citou qualquer prazo para uma votação da matéria.

Em uma entrevista ao portal GMB, o senador Newton Cardoso Jr.(MDB-MG) destacou que o Brasil poderia angariar R$ 30 bilhões anualmente com os jogos de azar regulamentados, sendo que ele também ressaltou a visão de Alcolumbre sobre o assunto: “[…] Trata-se de um senador com grande conhecimento e uma visão moderna, o que permitirá que o setor de jogos possa ser encarado como uma atividade econômica limpa e capaz de trazer riqueza a partir da geração de empregos e impostos”.