Tem novidade na área da educação: a partir desta quarta-feira (05), a proibição da abertura de novos cursos de medicina no Brasil, em vigor desde 2018, vai deixar de valer. A ideia inicial do governo é permitir a criação de vagas somente nas regiões onde faltam médicos, segundo informações divulgadas pelo ministro da Educação, Camilo Santana.
Camilo afirmou, nesta segunda-feira (03), que a pasta deve permitir a abertura de novas vagas e cursos de medicina principalmente em locais afetados pela falta dos profissionais.
“O MEC vai tomar a liderança da autorização dos cursos de medicina no Brasil, vamos voltar a ter editais para criação de universidades e vagas, focadas no programa Mais Médicos, para garantir que esses cursos estejam mais próximos de onde há necessidade de médicos para atendimento da população”, disse o ministro.
O ministro planeja a integração com Ministério da Saúde para garantir que os médicos fiquem nos locais menos assistidos.
“Um dos vieses do novo programa é estimular a permanência do médico nessas regiões mais difíceis”, afirmou.
O número de novos registros médicos emitidos no Brasil mais do que dobrou no país em 12 anos e bateu recorde em 2022, segundo dados da nova edição da Demografia Médica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). No ano passado, 39.551 profissionais entraram no mercado de trabalho. No entanto a distribuição de profissionais é desigual. Nas capitais, por exemplo, o número de profissionais é de 6,21 por mil habitantes enquanto, nos municípios do interior, o índice fica em 1,72. De acordo com o CFM, as capitais reúnem 24% da população e 54% dos médicos.