O deputado federal André Figueiredo atendeu ao chamado do Ministro Carlos Lupi, fechou um acordo com os dissidentes do PDT e decidiu ceder o comando do partido no Ceará ao senador Cid Gomes. André deverá ser reeleito, no mês de dezembro, para continuar à frente da Executiva Estadual, mas, em seguida, deixará o cargo de presidente nas mãos do senador.


O acordo prevê que, enquanto estiver como presidente nacional no lugar do Ministro Carlos Lupi, André não ocupará o comando regional da sigla. Lupi se afastou da Presidência Nacional para assumir o Ministério da Previdência Social.


ANDRÉ PENSA EM SALVAR O MANDATO EM 2026


Os entendimentos neutralizam, temporariamente, a crise na legenda, que ameaçava perder deputados estaduais e federais diante da briga entre os grupos liderados pelo ex-presidenciável Ciro Gomes e o irmão Cid.


“Finalmente ontem, nós fizemos uma reunião, o presidente (Carlos) Lupi, o presidente da Fundação Leonel Brizola, Manoel Dias, o André e eu. E pactuamos, pactuamos algo. O André se licencia. Eu assumo a presidência do partido”, disse, em entrevista ao Jornal O Povo, o senador Cid Gomes, que já antecipou uma nova agenda: “Vou cuidar de articular as nossas alianças nos municípios, identificar quem são os quadros nossos que vão ser candidatos’’.


O fim do impasse no PDT pode preservar as bancadas estadual e federal e evitar defecções de prefeitos que querem estar perto do Palácio da Abolição. Sob o comando de Cid Gomes, o PDT avançará ainda mais em direção ao Governo Elmano de Freitas.


Ameaçado de perder prefeitos que o garantiram a reeleição, em 2022, o deputado federal André Figueiredo sai, também, beneficiado do acordo porque poderá preservar bases eleitorais essenciais para um projeto de reeleição em 2026. Os caminhos da pacificação estão reconstruídos e o desafio é integrar a essa nova estratégia o prefeito José Sarto, o ex-prefeito Roberto Cláudio e o ex-presidenciável Ciro Gomes.