A Assembleia Legislativa realizou, na manhã deste sábado (5), em Fortaleza, a 1ª Marcha em Defesa das Mulheres pelo fim da violência e de combate ao feminicídio. A caminhada começou por volta das 10 horas, entre a Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa e à Praça Portugal, no Bairro Aldeota.


A Marcha é um dos eventos do Mês Lilás, com ações em todo o Brasil para despertar mais debates e punição aos autores de violência doméstica. A caminhada foi acompanhada por um trio elétrico que entoava músicas com letras que retratam a luta e enaltecem o papel da mulher na sociedade.


LEI MARIA DA PENHA, 17 ANOS


A agenda está no contexto das comemorações dos 17 anos da Lei Maria da Penha. A Lei, promulgada no dia 17 de agosto de 2006, representa um dos maiores avanços para o enfrentamento do machismo e da violência praticada pelos homens contra as mulheres – não apenas a violência física, mas, também, moral, financeira e psicológica.


A caminhada, em alusão ao Agosto Lilás, atraiu representantes de diversas entidades que estão presentes na mobilização voltada à redução dos índices de crimes contra as mulheres.


MINUTO DE SILÊNCIO


O movimento, de acordo com a Assembleia Legislativa, tem por objetivo levar à sociedade civil uma reflexão sobre as desigualdades de gênero que ainda permeiam a sociedade e se refletem nos altos índices de violência contra a mulher no estado do Ceará.


Os dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado apontam que, em 2023, 68 mulheres foram assassinadas, sendo 11 descritas como crimes de feminicídios.


Durante a Marcha, na manhã deste sábado, as manifestantes pararam em frente à Praça da Imprensa e fizeram um minuto de silêncio como reflexão pelo silêncio que muitos vezes é imposto pelo machismo às mulheres.


Ao longo da semana, as deputadas estaduais farão pronunciamentos e buscarão a aprovação de projetos de lei voltados a fortalecer a luta das mulheres por menos violência e mais respeito.


A deputada Lia Gomes (PDT), que comanda a Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa, disse que a mobilização representa o repúdio à crescente onda de violência. “Esse é um convite não só para as mulheres, mas para os homens também, pois precisamos que eles se juntem a nós nessa luta”, disse Lia, ao pedir o engajamento de todos nessa luta que é diária.