Estamos no final de 2024. Normalmente neste mês de dezembro refletimos muito sobre o que aconteceu e o que vem pela frente, igual a trend que está em alta ”Como eu vou ser triste? Se em 2024 eu…”. Mas o que acontece é que sim, as pessoas podem ficar muitos tristes. Mas qual a relação desse período do ano com a nossa saúde mental?
A virada do ano representa o início de um novo ciclo que traz novas responsabilidades, e criamos muitas expectativas em contraste com avaliações sobre as realizações ou frustrações do ano que passou. A medida que a passagem de ano se aproxima, podemos nos sentir mais ansiosos ou até mesmo menos motivados.
O que é a “síndrome do fim do ano”?
A “dezembrite” é um fator que pode desencadear questões de saúde mental, tendo em vista a mistura de emoções que sentimos no período. Questões afetivas, profissionais e familiares surgem com muita força e isso abala o equilíbrio emocional.
Neste mês em que muita gente volta à sua cidade de origem, para rever familiares, passar o natal juntos, é possível encarar esse período como uma oportunidade de retornar a si mesmo, ou seja, de refletir sobre erros, acertos e aprender com tudo isso.
Jovens
Não podemos ignorar que esse sentimento só se dar aos adultos, tendo em vista que em todas as idades temos responsabilidades, tarefas a cumprir, sonhos para realizar. Com as crianças e adolescentes não seria diferente.
As crianças refletem o suficiente para entender o que a época representa, afinal por todos os lugares da cidade, departamentos, escolas é possível ver a mobilização pela data natalina. A curiosidade, o despertar pelo significado da época, também podem trazer muitas emoções nas crianças. Até porque o pequenos terminam o ciclo daquele ano estudantil, trocam de professores, amiguinhos mudam de cidade, uma série mais avançada está pela frente. Portanto, os jovens podem ser diretamente afetados pela síndrome do fim de ano, como os adultos.
A criação de expectativa pode vim tanto da parte das próprias crianças, como também advinda dos pais responsáveis. Tendo em vista as promessas feitas durante o ano, um brinquedo, um passeio ou uma viagem especial.
Com o cérebro em desenvolvimento e o restrito repertório de habilidades socioemocionais, crianças e adolescentes tendem a ser mais suscetíveis aos transtornos mentais. “Entre os impactos possíveis, estão a queda no desempenho escolar e na assiduidade, o aumento da evasão escolar, da violência, além do abuso e dependência de drogas”, descreve Rodrigo Bressan, psiquiatra e presidente do Instituto Ame Sua Mente.
Por isso, aqueles que convivem com crianças e adolescentes devem estar atentos: “tristeza, irritabilidade e perda de prazer nas atividades, associados a pensamentos negativos recorrentes, dificuldade de raciocínio, pensamentos sobre morte e catastrofismo são alguns sinais de alerta”, aponta Bressan.
A “síndrome do fim do ano” certamente nos desafia a ter um olhar mais atento às questões de saúde mental, enquanto a aproximação de um novo ciclo nos convida a lidar melhor com as emoções. Mas não se esqueça, os cuidados com a nossa saúde mental devem ser prioridade constante em nossas vidas: 24 horas, sete dias por semana.
Com informações do Ame Sua Mente