A Polícia Federal (PF), está investigando o deputado federal cearense Júnior Mano (PSB). O parlamentar está sendo acusado num suposto envolvimento em um esquema de manipulação eleitoral, ocorrido durante o ano passado em cerca de 50 municípios cearenses.
O político é designado como uma das cabeças que destinava emendas parlamentares para uso ilegal dos recursos.
Por conta da suspeita de envolvimento do político federal, que tem foro privilegiado, o caso foi alçado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e distribuído para o gabinete do ministro Gilmar Mendes.
A denunciante do caso é a ex-prefeita de Canindé Maria do Rosário. Ela apontou que o prefeito eleito do município de Choró, Bebeto Queiroz e Cleidiane, sua irmã, estavam “financiando tudo, desde carro, gasolina, brindes, compra de votos; que esses financiamentos são em troca da prefeitura, pois já foi vendido a iluminação pública, o lixo, os transportes, que não sabe dizer o valor que eles estão comprando votos”.
A ex-mandatária informou que o político quis influenciar no resultado eleitoral das cidades de Madalena, Quixadá, Boa Viagem, Aquiraz, Itaitinga, Canindé e São Gonçalo do Amarante.
A empresa central apontada pela ex-prefeita para operar o esquema criminoso, segundo a prefeita, é a MK Serviços, Construções e Transporte Escolar.Porém na apuração, não se indica qualquer relação ilegal até o momento entre os contratos com suposta empresa e prefeitura mencionadas nos autos.
Ao todo, há contratos fechados pela empresa e identificados nas investigações em 47 municípios. O montante envolvido chega a R$ 318,9 milhões.
A defesa do deputado Júnior Mano diz confiar que a inocência do político será provada nas investigações. Bebeto Queiroz, eleito prefeito de Choró, está foragido.