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Após o fim das eleições 2020 com a escolha dos novos vereadores e do novo prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), as articulações para a definição do poder legislativo na capital tanto na Câmara Municipal quanto na Assembleia Legislativa começam a ganhar forma. O assunto ganhou destaque na edição desta quarta-feira (2) do Bate-Papo político do Jornal Alerta Geral com os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida.

Na Câmara Municipal de Fortaleza a próxima legislatura começa em janeiro e a bancada eleita pelo PDT já fechou apoio ao nome do atual presidente, vereador Antônio Henrique, para seguir no cargo por mais dois anos. De acordo com o jornalista Luzenor de Oliveira, a permanência do atual presidente no cargo dá ao novo prefeito José Sarto um início de mandato em harmonia com o Poder Legislativo. Luzenor pontua que harmonia não significa falta de oposição:

“É provável que nesse primeiro momento, nós tenhamos mais vereadores na oposição do que neste ciclo que está se encerrando da administração do prefeito Roberto Cláudio,” afirma Luzenor.

Beto destaca que os partidos ligados à oposição do Prefeito José Sarto elegeram em torno de 12 vereadores nas eleições deste ano, mas salienta que o acordo firmado para a reeleição do vereador Antônio Henrique passou primeiro pela conjuntura de apoio interno da própria bancada do PDT, que é a maioria da casa, tendo 10 vereadores.

O jornalista destaca que mesmo com o apoio do PDT, o vereador precisa buscar também o apoio de outras siglas, tendo em vista que nomes como o de Ronaldo Martins (Republicanos), vereador eleito com mais votos em 2020 (31.840 votos), também miram a presidência da Câmara. Para Beto, Antônio Henrique aparece como um “candidato de consenso”, porque ele chega na condição de dar continuidade a presidência sem que haja o clima de divisão interna no ambiente da Câmara com o fim de um mandato.

“No regimento interno não há propriamente aquela definição de que quem tem a maior bancada é quem elege o presidente da Casa, isso faz parte de um acordo. E costura-se o acordo exatamente para se evitar uma cisão no início de mandato,” diz Beto Almeida.