A herança da crise econômica continua amarga na vida de milhões de trabalhadores. Os mais recentes números da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgados,  nessa segunda-feira, revelam que, em 2016, um milhão e quatro mil brasileiros abandonaram os planos de saúde. São pessoas que perderam o emprego e, após dois ou três meses sem a renda garantida, adotam – como uma das primeiras medidaspara administrar o orçamento doméstico – a suspensão do pagamento mensal de um plano de saúde. Essa multidão de brasileiros que fica sem o guarda chuva dos planos particulares de saúde passa a ser atendida na rede pública ou em clínicas que prestam serviços com preços mais baixos. A alternativa, porém, para quem deixou de ter o salário mensal é recorrer aos hospitais e postos de saúde mantidos pelos Governos Municipais, Estadual e Federal. Hoje, o poder público, após essa avalanche de demissões com o a crise econômica dos últimos três anos, registra crescimento no atendimento da rede de saúde. O atendimento – em muitos casos, fica abaixo da expectativa de quem estava no plano de saúde. Como não há outra alternativa, o caminho mesmo – para os trabalhadores desempregados – é pegar a fila, esperar que o médico atenda  a todos os pacientes e, na saída da consulta, o posto de saúde tenha, pelo menos, os medicamentos para quem mais precisa. Confira o editorial completo no player abaixo:

Editorial 24.01