O ex-prefeito Roberto Cláudio reconheceu que o PDT entrou e saiu dividido das eleições de 2022 e que os conflitos se estendem até os dias atuais, mas que as divergências acontecem no campo político e não pessoal. Ele cita que muitos militantes não acompanharam a orientação do partido e que esse distanciamento ainda existe e que o tempo pode dar resposta para reunificação da legenda.

Quando perguntado sobre a possibilidade de troca no comando estadual do PDT e da pretensão do senador Cid Gomes em entrar na disputa pela Presidência Regional da sigla, Roberto Cláudio foi direto e lacônico:

‘’A liderança que consegue manter diálogo respeitoso e produtivo com as diferentes correntes de pensamento do partido é o atual presidente nacional do PDT, André Figueiredo’’, disse Roberto Cláudio, ao afirmar, ainda, que essa postura é coerente com que imagina ser o passo que o PDT deve dar para o futuro, que é ‘’um passo de tolerância, de não querer impor uma posição aos membros’’.

O ex-prefeito chegou a dizer, que, como opositor à administração estadual, seria uma posição incômoda se quisesse disputar o comando do PDT no Ceará porque muitos gestores municipais e deputados estaduais estão dando um voto de confiança e apoiando o Governo Elmano. Roberto não declinou o nome de Cid Gomes, mas deixou exposto que o senador pedetista teria esse incomodo uma vez que enfrenta divergências com setores da legenda.

DIVISÃO

A divisão interna no PDT opõe hoje os irmãos Cid e Ciro Gomes. Cid é aliado do senador e Ministro da Educação, Camilo Santana, e do Governador Elmano de Freitas. O pedetista Roberto Cláudio, ligado ao ex-presidenciável Ciro, faz oposição ao Governo do Estado e, nessa linha, seguem a sua liderança os deputados estaduais Queiroz Filho, Cláudio Pinho e Antonio Henrique. Uma possível disputa pelo comando regional do PDT mostra que os conflitos internos tendem a se prosperar até às eleições de 2026.

LEIA MAIS