O prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves, disse, na tarde desta quarta-feira (1), em entrevista coletiva, que se mantém como presidente regional do PL, não pretende deixar a sigla e se lançou pré-candidato ao Governo do Estado. As palavras do prefeito de Eusébio foram entendidas como um bom exemplo de quem, com muitas cartas, vai à mesa como um jogador de pôquer. O assunto ganhou destaque com os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida no Bate Papo Político desta quinta-feira (02).

Acilon, que faz parte do grupo liderado pelo senador Cid Gomes (PDT) e pelo Governador Camilo Santana (PT), convocou a imprensa para falar sobre os novos rumos do partido após a entrada do presidente Jair Bolsonaro nos quadros do PL.

Bolsonaro deixou claro que, nos estados, não aceita a sigla nãos mãos de aliados dos governos estaduais que sejam de oposição ao Palácio do Planalto. No Ceará, o presidente da República não escondeu a sua preferência pela candidatura do Capitão Wagner à sucessão do Governador Camilo Santana.

Wagner está no PROS, articula a ida para o União Brasil, que nasce da fusão do PSL com o DEM, e, caso essa articulação seja inviabilizada, passa a ter, também, o PL como uma alternativa para disputar o Governo do Estado em 2022. Se Wagner entrar no PL, segundo Acilon, terá o seu apoio.

PL COM DUAS ALAS NO CEARÁ
Com a entrada do presidente Bolsonaro, o PL tem duas correntes – uma ligada ao Governo do Estado, e a outra afinada com o Palácio do Planalto, que tem como principal representante o deputado federal Jaziel Pereira. O deputado federal Júnior Mano, que, também, é aliado do Governo Federal, faz parte do grupo liderado pelo prefeito de Eusébio.

O partido ganhará, também, a filiação do deputado estadual André Fernandes, que será candidato à Câmara Federal. André frequenta o gabinete presidencial e abriu embate com Acilon Gonçalves pela disputa do comando regional do PL. Acilon, ao ser questionado sobre pré-candidaturas à sucessão estadual, chegou a dizer que, se o Capitão Wagner se filiar ao Partido Liberal, será candidato ao Governo.

As declarações surpreenderam integrantes da cúpula política do Estado uma vez que Acilon não deu como certa uma possível aliança com o PDT e o PT nas eleições de 2022. Ele disse que está legitimado pela Constituição e pela legislação partidária para se manter na Presidência Regional do PL e, como dirigente, vai conversar com lideranças de diferentes partidos.

“A primeira ideia é conversar com todos os partidos, porque, até o momento, não há candidatura própria no PL. Mas sendo impossível essas tratativas com outros partidos, nós passaremos a analisar a candidatura própria, que pode ser a de quem vai entrar, mas pode ser a minha que já estou aqui”, expôs Acilon, que exerce o quarto mandato como prefeito e sempre manteve em seus planos a disputa ao Senado e ao Governo do Estado.

Confira abaixo o anúncio, feito em coletiva de imprensa, na íntegra.

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