Um ano após imagens do assassinato de Dandara dos Santos ‒ travesti espancada e morta a tiros no meio da rua ‒ revoltar e comover o país e parte do mundo, oito pessoas envolvidas no crime foram denunciadas; destas, seis estão presas e duas foragidas. Dos maiores de idade acusados, ninguém foi julgado, o que gera muita tristeza à família, conta a mãe. Três adolescentes cumprem medidas socioeducativas por participação no caso.
Antes de desferir os disparos que mataram a travesti, os agressores torturaram Dandara com murros, pedradas, chutes na cabeça e golpes de pau, no meio da rua e à luz do dia. Ensanguentada, prestes a desfalecer e sem condições de revidar ou pedir socorro, ela foi jogada em um carrinho de mão e levada para uma rua ali perto, onde seria morta.
Já de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, ao todo, 10 suspeitos foram capturados e indiciados por homicídio qualificado. O crime foi dado como “elucidado”.
O caso tramita na 1ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, na capital. O advogado da família, Hélio Leitão, afirma que dos oito denunciados, cinco foram pronunciados para ir a júri popular responder por homicídio triplamente qualificado. Um deles recorreu. Com isto, a esta altura do caso, apenas quatro dos agressores identificados estão prontos para ir a júri, explica o advogado.
Com informação do G1