O senador Aécio Neves (MG) anunciou apresentou hoje (18) seu pedido de afastamento da presidência do PSDB. Em comunicado oficial, ele informou que pretende se dedicar exclusivamente à sua defesa nos próximos dias e que essa será sua única prioridade.
“Me dedicarei diuturnamente a provar a minha inocência e de meus familiares para resgatar a honra e a dignidade que construí ao longo de meus mais de 30 anos de vida dedicada à política e aos mineiros em especial”, diz o comunicado.
O estatuto do PSDB prevê que, em caso de licenciamento do presidente, ele pode escolher um entre os sete vices-presidentes do partido. Depois de ouvir os colegas de bancada que passaram boa parte da tarde de hoje em sua casa, em Brasília, Aécio Neves optou pelo senador Tasso Jereissati (CE) para ficar no cargo.
“Estou seguro de que, sob seu comando, com o apoio de nossas bancadas no Senado e na Câmara, dos nossos diretórios estaduais, de nossos líderes municipais e de todos nós, ele fará o partido seguir de forma firme e corajosa sua vitoriosa trajetória”, disse.
O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), disse que o partido a apresentação da defesa do senador mineiro, confiando na Justiça brasileira. “Cada pessoa que é citada em um processo judicial tem que ter direito à defesa. Isso faz parte do Estado Democrático de Direito. Estamos em um país onde as liberdades têm que ser preservadas e valorizadas. E qualquer pessoa tem que ter o direito à defesa antes de ser efetivamente julgada por um ato”, afirmou.
O líder tucano também reforçou o que foi dito mais cedo pelo ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, no sentido de que o PSDB não tem a intenção de retirar o apoio ao governo de Michel Temer neste momento.
“Nossos ministros continuam trabalhando, estão trabalhando e nós não vamos tomar nenhuma providência com relação à permanência deles no governo ou não antes de termos uma conversa com o próprio presidente Michel Temer, coisa que vai acontecer ainda no dia de hoje comandada pelo senador Tasso Jereissati”, disse.