O senador Aécio Neves (PSDB-MG) sofreu duas derrotas na noite de ontem, uma jurídica e outra legislativa. O plenário do Senado resolveu adiar para o dia 17 a votação que poderia reformar decisão da 1ª turma do Supremo Tribunal Federal, que distanciou o tucano das funções na Casa.
No mesmo dia, o relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, negou pedido da defesa do senador para suspender o afastamento. Durante cerca de quatro horas de debate na sessão plenária de ontem, a principal crítica ao pedido de afastamento e recolhimento noturno de Aécio era que a determinação não tinha base constitucional.
“Vamos ser coerentes. Tivemos a coragem de dizer que não havia base constitucional no afastamento do parlamentar (Aécio)”, informou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). “Não podemos aplicar por decisão do STF medidas de cerceamento de liberdade de um parlamentar ainda não condenado”, criticou Antônio Anastasia (PSDB-MG).
O próprio presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), teria costurado o adiamento da matéria após decisão de Fachin e de uma suposta queda de apoio ao tucano entre os parlamentares.
“Estamos dando a oportunidade para que a Suprema Corte veja por meio do pleno uma decisão por meio de sua turma. Ou o Senado poderá lançar mão de suas prerrogativas para equilibrar freios e contrapesos do nosso sistema democrático”, disse o presidente do Congresso.
Acusado de ter lucrado R$ 2 milhões em propina do empresário Joesley Batista, o presidente licenciado do PSDB vai esperar até o dia 17 para saber se volta à Casa ou se se mantém longe das atividades parlamentares.
Com Informações O Povo