Pré-candidato a assumir a presidência do PSDB, o governador de Goiás, Marconi Perillo, disse a interlocutores que Geraldo Alckmin é o “primeiro na fila” da candidatura presidencial e que o prefeito João Doria —um “excelente” nome— teria de disputar prévias para obter a vaga. O prefeito afirmou diversas vezes que não enfrentaria Alckmin em prévias.

Para o goiano, Alckmin se posicionou como pré-candidato com a vitória em primeiro turno de Doria na eleição municipal ao bancar sua candidatura, a despeito das críticas de caciques tucanos.

Perillo, porém, costuma elogiar Doria e prever um futuro promissor a ele na política. Vem ponderando, contudo, que ele tem de avaliar o desgaste de deixar a prefeitura no início do mandato. O governador goiano, porém, mostra confiança da permanência de Doria no PSDB, caso não veja seu projeto presidencial garantido.bÀ Folha, Perillo afirmou que “disse aos dois e quero dizer publicamente que não me submeto a essa história de ser candidato de A, B, C. Jamais aceitaria isso”.

“Meu trabalho sempre foi pela unidade do partidos e se, me couber esse desafio [de presidir o PSDB], vou trabalhar de corpo e alma para ajudar na construção da vitória e da unidade interna.” A possível candidatura de Doria ao Planalto perdeu fôlego, mas o prefeito não abdicou totalmente da ideia.

Amigo de Doria, mas também próximo de Alckmin, Perillo vem conquistando apoios no PSDB para assumir o comando da legenda em dezembro, quando está marcada a convenção para renovar a executiva nacional. O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), também é cotado passa assumir definitivamente o cargo. Nesta quinta-feira (26), Perillo esteve com Alckmin na sede do governo paulista e depois se reuniu com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Perillo insiste há meses que não gostaria de assumir a presidência do PSDB antes do fim deste ano, enquanto ainda está governador. Ele também deve se desincompatibilizar no ano que vem para pleitear uma vaga no Senado ou outra função.

O governador goiano disse que os danos ao candidato tucano em 2018 pelo apoio do PSDB a Temer “vão depender das teses que vão ser levadas”.

Crédito da Folha de São Paulo