O cenário de baixa incidência da Covid, alcançado após a vacinação, tem gerado um efeito preocupante em todo o Brasil: a baixa procura pelo imunizante, sobretudo entre bebês e crianças. No Ceará, menos de 5% dos pequenos tomaram as 3 doses, segundo o Vacinômetro do Ministério da Saúde (MS).
Os prejuízos das baixas coberturas preocupam não só pela exposição dos não-vacinados ao adoecimento grave, mas pelas possíveis sequelas (a Covid Longa) e pelo impacto incerto da incidência de novas variantes no País.
No Ceará, a meta é vacinar pouco mais de 314 mil bebês e crianças de 6 meses a 2 anos de idade: mas apenas 90,3 mil (28,7%) tomaram a 1ª dose do imunizante pediátrico, e menos de 15 mil completaram o esquema.
Um mapeamento da Moderna com base em dados do Ministério da Saúde, coletados no início de agosto, mostra que além de não levarem os filhos à vacina, os próprios adultos têm deixado de tomá-la: a aderência da população às doses de reforço caiu em todo o País.
No Ceará, segundo o levantamento, só 1 a cada 4 pessoas tomou a vacina bivalente (5ª dose) – ainda assim, para se ter ideia, é o 4º melhor índice do Brasil, atrás apenas de Piauí, São Paulo e Sergipe.