A semana pode ser marcada por importantes decisões voltadas ao controle dos preços dos combustíveis que ameaçam corroer a popularidade do presidente Jair Bolsonaro. Esse cenário, como relata, no Jornal Alerta Geral, o repórter Sátiro Sales, gera apreensão entre os aliados e levou líderes do centrão, base partidária que tem como principais sustentáculos o PL, PP e Republicanos, a cobrarem mais agilidade do Palácio do Planalto na instituição de medidas que barrem prejuízos eleitorais para o presidente Bolsonaro.
O quadro se torna ainda mais preocupante diante da sinalização dada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) que alerta para o risco do óleo diesel chegar a R$ 10 por litro no segundo semestre do ano. Para os aliados do Palácio do Planalto, acima dos atuais R$ 7, em média, os impactos de novo aumento de preços comerciais terá consequências mais severas sobre a inflação.
Os reflexos, nesse contexto, poderão ser inevitáveis nas urnas para a base governista. Com isso, crescem as pressões e os aliados já definiram, em inglês, o plano de recuperação do presidente Bolsonaro. Esse plano está batizado por dirigentes do Centrão como “It’s now or never” (é agora ou nunca). A pressa se justifica porque o governo, segundo líderes do grupo, precisa mudar a percepção do eleitor urgentemente e neutralizar os efeitos da inflação nas urnas.