Ganhou repercussão nacional a aliança entre o PDT e o União Brasil na disputa pela Prefeitura de Juazeiro do Norte, segundo maior colégio eleitoral do Ceará. O palanque está montado para reeleição do atual prefeito Glêdson Bezerra (Podemos), que une o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) e o grupo aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ciro decidiu apoiar Gledson Bezerra para fortalecer o grupo de oposição ao Governador Elmano de Freitas e ao Ministro da Educação, Camilo Santana. O PT entra na corrida pela Prefeitura de Juazeiro do Norte com o deputado estadual Fernando Santana, unindo, pelo menos, 9 legendas. Um dos partidos é o MDB, comandado pelo deputado federal Eunício Oliveira.

CIRO, ROBERTO PESSOA, WAGNER X CAMILO, LULA E ELMANO

Desde o rompimento da aliança do PDT com o PT nas eleições de 2022, Ciro tem liderado um movimento para fazer frente à liderança do Ministro Camilo Santana. O fim da aliança esvaziou o PDT que perdeu mais de 40 prefeitos, além de muitos pré-candidatos a prefeito e a vereador.

Os prejuízos do pedetismo são ainda maiores – dos cinco deputados federais, quatro ficaram com Elmano e Camilo. Dos 13 deputados estaduais, 10, também, adotaram o mesmo rumo e ignoraram a liderança de Ciro Gomes e Roberto Cláudio. A prioridade do PDT é se aliar nas eleições municipais aos partidos de oposição ao Palácio da Abolição.

As duas maiores cidades do Cariri – Juazeiro do Norte e Crato, são exemplo do aprofundamento do conflito entre Ciro e o PT. Ciro se aliou aos bolsonaristas para tentar ganhar a eleição nos dois municípios: em Juazeiro, com Glêdson, e, na cidade do Crato, com Dr. Aloísio, candidato do União Brasil.

No mesmo palanque, entram o ex-presidenciável Ciro Gomes, o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (União Brasil), o ex-deputado federal e pré-candidato do União Brasil à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner, e o deputado estadual Carmelo Neto (PL).