Devido as altas temperaturas, os municípios cearenses sofreram com focos de incêndios no decorrer de 2019. Em 2019, foram registrados 4.304 casos. O número é um dos maiores dos últimos sete anos, perdendo apenas para 2016, com 4.316 focos de calor. Os dados são do Mapa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O período entre setembro a dezembro, quando há queda na umidade do ar, concentrou 91,5% de todas as queimadas do ano passado. Entre os principais fatores que aumentam a quantidade de casos estão os baixos volumes pluviométricos, principalmente nas regiões dos Inhamuns e Centro-Sul, além da baixa umidade e altas temperaturas.
O Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), que atua em Unidades de Conservação federais, Assentamentos Rurais federais e territórios indígenas ou quilombolas, atendeu em 2019, 20 ocorrências de incêndios no Ceará. Embora o número represente decréscimo em relação ao ano anterior, que registrou 27 ocorrências, houve aumento na área atingida. No ano passado, foram cerca de 500 hectares consumidos pelo fogo, já em 2019, este número saltou para 1.300 hectares – quase o triplo.
Entre as maiores ocorrências, a registrada na Serra de Santa Maria, em Quixeramobim, queimou 514 hectares do território. Já o segundo maior incêndio ocorreu no distrito de Uruquê, no mesmo Município, com uma área de 245,95 hectares.
Para conseguir atender à demanda, o Corpo de Bombeiros informou que tem buscado novos equipamentos e tecnologias. Além disso, foram adquiridos 11 drones e novos equipamentos de combate a incêndio (capa de incêndio, calça de aproximação de incêndio, termovisores e esguichos).