Um dado do Censo de Educação Superior de 2016, mostra que as mulheres representavam 57,2% dos estudantes matriculados em cursos de graduação. O número, no entanto, mostra que o crescimento é lento, uma vez que em 2006, o gênero representava 56,4% das matrículas. Sobre o assunto, estudantes universitárias participam nesta sexta-feira (15), de uma roda sobre a inclusão de mulheres no ensino superior. O debate acontecerá no Instituto de Cultura e Arte (ICA) da Universidade Federal do Ceará, no Campus do Pici, em Fortaleza.
“Eu tô no segundo semestre de Publicidade e o tanto de relato de amigas que fazem cursos de Ciências Exatas, onde a maioria são homens, que já relataram que estudam em turmas sem professoras ou colegas mulheres, é grande. Uma delas me disse que tirou nota mais alta que os meninos, mas foi ignorada pelo professor, que disse que a nota mais alta foi tirada por um rapaz. Ainda disseram para ela depois, que tirar nota mais alta foi sorte. Eu sempre me questionei sobre isso. A universidade é aberta, é universal. Fico pensando sobre o motivo disso ainda acontecer”, desabafa Luana Neres, estudante de Publicidade e organizadora do evento.
Para a estudante, a discussão é válida até para estudantes de Ensino Médio, que sonham em ingressar na faculdade, mas desistem de um curso que desejam por conta do mercado, dominado por homens. “Elas podem fazer o curso que quiserem, afinal a capacidade é a mesma”, diz.
As estudantes Vamylle Brito (Tecnologia em Estradas), Amanda Bernado (Engenharia de Petróleo), Sarah Matos (Gastronomia) e Pamela Silva Rabelo (Engenharia de Energias Renováveis), estarão na mesa, para falar sobre o assunto.
Serviço
Lugar de mulher é na graduação que ela quiser
Local: Sala CS104 (ICA-UFC)
Data: 15/06
Horário: 8h30
Com informação da A.I