As dificuldades para o IBGE avançar com o Censo de 2022 em função da falta de pessoal levou o Governo Federal a editar, nesta segunda-feira, uma Medida Provisória (MP) que disciplina a contratação de pesquisadores sem o processo seletivo.
De acordo com a MP, servidores aposentados da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios podem ser contratados. Os obstáculos para o levantamento de dados do Censo avançar foram agravados ainda mais por conta da desistência de prestadores de serviços contratados.
A desistência aconteceu em função do baixo valor da remuneração e, ao mesmo tempo, da resistência das pessoas em pararem para atender aos recenseadores. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já havia adiado a conclusão do Censo para dezembro deste ano.
As estatísticas do IBGE revelam que, até o dia 1º, foram contados 136 milhões de brasileiros, o que corresponde a 63% da população estimada de 215 milhões de pessoas. O IBGE mobilizou 90 mil e 500 recenseadores estavam para a coleta das informações, mas a quantidade de prestadores de serviço é bem inferior ao estimado pelo IBGE, que planejou a contratação de 183.021 trabalhadores.
Os números do IBGE apontam que, na maioria dos estados, até o final de outubro, ainda está longe dos pesquisadores concluírem o levantamento de dados junto a população. Esses dados serão fundamentais para definição de políticas publicas.
Segundo o IBGE, o Piauí (86,08%) tem o índice mais avançado em termos de quantativo populacional abordado na pesquisa, enquanto o menor percentual é no Mato Grosso, onde apenas 42,72% dos moradores tiveram dados pessoais e econômicos coletados. O Ceará é 10º Estado em termos de coleta de informações para o Censo – 68,53%.