O aumento dos casos de violência, com a chacina no Bairro Cajazeiras, em Fortaleza, e o conflito que terminou com 10 assassinatos na Cadeia Pública de Itapagé, em menos de 72 horas, fizeram o Secretário de Segurança Pública, André Costa, perder as condições para permanecer no cargo. A situação é insustentável para André Costa que, embora bem intencionado, não conseguiu dá respostas às expectativas criadas pelo Governo do Estado para inibir o avanço da criminalidade.
As declarações de André Costa, no último sábado, ao dizer que, após a chacina do Bairro Cajazeiras não havia motivos para pânico, e a falta de ações concretas para identificar autores da chacina, precipitaram o desejo por parte do Governador Camilo Santana de mudança no comando da Secretaria de Segurança Pública. A saída de André é questão de dias. Ou horas. A troca é necessária para o governo dizer a sociedade que as medidas contra o crime organizado estão sendo implantadas.
André Costa perdeu espaços e um exemplo foi simbólico: durante entrevista coletiva concedida, no último domingo, Camilo estava ladeado pelos presidentes da Assembleia Legislativa, José Albuquerque, e do Tribunal de Justiça, desembargador Gleidson Pontes. André, que deveria se postar ao lado do Chefe do Executivo, estava meio escondido. Era um sinal que o seu ciclo na Segurança havia chegado ao fim. Assessores do Governo negam, mas o Governador Camilo Santana já procura um nome para a Secretaria de Segurança Pública.