O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, está cada vez mais perto do PSD e poderá se transformar no candidato da chamada terceira via ao Palácio do Planalto em 2022. Filiado ao DEM, Pacheco surge, pelo tom moderado, como uma opção que agrada partidos de centro que não querem a volta do ex-presidente Lula, nem a reeleição do presidente Bolsonaro.
A reunião para alargar as portas do PSD ao presidente do Senado teve como anfitrião o deputado federal Domingos Neto. Pacheco, segundo registra o Jornal O Estado de São Paulo, foi recebido no encontro promovido pelo deputado Domingos Neto, na noite dessa terça-feira, em celebração pelo aniversário do Presidente Nacional do PSD, Gilberto Kassab. O encontro reuniu 11 senadores do PSD, além de deputados federais e prefeitos.
Domingos é um dos parlamentares mais próximos a Kassab e, mesmo sendo um dos fiéis integrantes da base de apoio ao Governo do presidente Jair Bolsonaro, trabalha para o PSD construir uma alternativa ao Palácio do Planalto.
A alternativa, nesse momento, responde pelo nome de Rodrigo Pacheco que tem crescido nos bastidores políticos pela postura de equilíbrio na administração da crise que marca a relação entre Executivo e Judiciário.
O PSD caminha, também, para ganhar um dos mais importantes reforços na corrida eleitoral: o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, está de malas prontas para deixar o PSDB e desembarcar no PSD. Alckimin deverá concorrer ao Governo de São Paulo.
REFLEXO NO CEARÁ
O fortalecimento do PSD no cenário nacional pode proporcionar, a abertura do caminho para o pai de Domingos Neto, o ex-vice-governador Domingos Filho, disputar o Senado ou o Governo do Estado em 2022. A um ano para a definição de alianças e candidaturas, Domingos Filho não fica apenas com apenas um plano, mas joga, também, com a possibilidade de conquistar a vaga de vice na chapa a ser encabeçada pelo candidato do PDT à sucessão do governador Camilo Santana (PT).
Com a matemática na cabeça e os números na tela do celular, Domingos não esconde para os interlocutores que o PSD conta, entre filiados e aliados diretos, com, pelo menos, 45 prefeitos que irão acompanhá-lo com plena liberdade, sem interferência da cúpula do Palácio da Abolição ou do PDT. Foi a partir das eleições municipais de 2020 que Domingos construiu o trunfo com bons resultados nas urnas para sentar à mesa que definirá os destinos políticos e administrativos do Ceará no primeiro semestre de 2022.