Dentre os 99 destaques rejeitados pela Comissão especial que votou na madrugada desta quinta-feira (05) o parecer da reforma da Previdência, estava uma regra que suavizaria as regras para a aposentadoria de policiais. Apesar do apelo de Bolsonaro pela aprovação, os deputados negaram a inclusão do ponto e provocaram protestos da categoria no plenário da comissão especial.
Com adesivos da União dos Policiais do Brasil (UPB), que representa policiais federais e civis, guardas municipais, delegados federais e policiais rodoviários federais, os manifestantes tiveram como alvo maior das críticas o PSL, partido do atual presidente Jair Bolsonaro e da líder do governo no Congresso Nacional, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP). O motivo foi a votação unânime da sigla contra a medida que favorecia os agentes de segurança pública.
Autorizados a entrar no plenário pelo presidente da comissão especial, deputado Marcelo Ramos (PM-AM), os manifestantes chamaram os membros do Partido Social Liberal “traidores” e a deputado Joice Hasselmann de “traidora” e gritaram que o “PSL traiu a polícia do Brasil”. Eles foram retirados do local pelos policiais legislativos da Câmara dos Deputados..
A rejeição
O destaque rejeitado previa uma regra de transição para policiais federais, policiais rodoviários federais, policiais civis, guardas municipais, agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e agentes de trânsito. Pela proposta, seria cobrado um “pedágio” de 17% sobre o tempo de contribuição que faltaria para se aposentar segundo as regras atuais. O destaque também definia uma idade mínima menor para essas categorias, de 55 anos para homem e 52 para mulheres (para a população em geral, a reforma estipula mínimo de 65 anos, para homens, e 62, para mulheres).
A proposta foi rejeitada, com 31 votos contrários e 17 favoráveis