Antes mesmo de acabar – a nova previsão de término é janeiro de 2023 -, o Censo Demográfico 2022 mostra que a população cearense vivendo em formas de ocupação irregular “de terrenos de propriedade alheia, públicos ou privados” cresceu 28% em relação ao último levantamento oficial, de 2010. Há 12 anos, 441.937 pessoas viviam nos chamados Aglomerados Subnormais. Até agora, neste ano, já foram contabilizadas 565.396, de acordo com o último balanço do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ainda não há detalhes sobre a localização dessas ocupações nem do perfil da população presente nelas.

Em 2010, foram identificados 226 aglomerados em 14 cidades, contabilizando mais de 121 mil domicílios. Só na Região Metropolitana de Fortaleza, viviam mais de 430 mil pessoas nessas localidades, em 118 mil domicílios.  O IBGE considera como aglomerados subnormais todos os assentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, entre outras categorias, que ocupam “áreas menos propícias à urbanização”. Além disso, conforme o órgão, são caracterizados pela carência de serviços públicos essenciais. “As populações dessas comunidades vivem sob condições socioeconômicas, de saneamento e de moradias precárias”, avalia.