Há dois anos, dona de casa Raimunda Costa descobriu o câncer de mama. Iniciar o tratamento logo após a descoberta do nódulo na mama foi essencial para o sua recuperação.

“Eu aceitei, não fiquei nervosa, não chorei, eu disse pra mim mesma eu vou me tratar e vou ficar boa”, disse.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA, estima-se que em 2020 sejam registrados 66.280 novos casos de câncer de mama no país. No Ceará, por exemplo, os casos da doença aumentaram 40% nos últimos 10 anos, segundo informou a Sociedade Brasileira de Mastologia. O câncer de mama acomete geralmente mulheres de 40 a 69 anos de idade, mas segundo um estudo da Sociedade Brasileira de Mastologia e do Grupo de Estudo em Oncologia, no Ceará entre 2009 e 2018 houve uma incidência de 12% de casos de mulheres jovens abaixo dos 40 anos.

Juliana Vieira, empregada doméstica, entrou para essa estatística. Aos 30 anos foi diagnosticada com câncer de mama. Ela conta como descobriu a doença.

“Foi muito difícil na época. Comecei a sentir dores no braço e no peito e achava que era normal. Até que um dia assisti a uma reportagem e vi que a gente tinha que se tocar. Fui no espelho e percebi um nódulo”, relatou.

Mulheres acometidas pelo câncer de mama recebem apoio, segurança, hospedagem e cuidado humanizado na Associação Nossa Casa, projeto do Centro Regional Integrado de Oncologia. Com capacidade para acolher até 50 pessoas, o espaço é destinado a pacientes que venham do interior do Estado para realizar radioterapia e quimioterapia em Fortaleza.

Luciana Gurgel, assistente social do Centro Regional Integrado de Oncologia, relata que os pacientes ao chegarem ao Centro passam por uma triagem no setor de serviço social para uma avaliação das condições de saúde.

“A triagem é feita tanto pelo serviço social como pelo médico e enfermeiros. A gente avalia as condições desse paciente para saber se estão dentro do perfil da Casa e ai a gente encaminha para a Casa de Apoio”, evidenciou a assistente social.

(*)com informação da CMF