A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (21) a venda do Paxlovid em farmácias do país. O remédio consiste em dois medicamentos antivirais em conjunto: o nirmatrelvir e o ritonavir, que quando combinados bloqueiam uma enzima que o vírus da Covid-19 precisa para se replicar no corpo. De acordo com a agência, o medicamento poderá ser fornecido tanto para farmácias como para hospitais particulares do país. O medicamento já havia chegado na rede pública do Ceará que iniciou a distribuição do remédio na semana passada. Segundo a Secretaria de Saúde, o Estado recebeu o quantitativo de 1.950 tratamentos do antiviral Paxlovid.
Nas farmácias, é necessária uma prescrição médica (receita). O Paxlovid, porém, estará com bula e rotulagem em português de Portugal e em espanhol. Ainda segundo a orientação da Anvisa, o remédio deverá ser utilizado somente por adultos e é indicado para o tratamento da Covid naquelas pessoas que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para Covid grave.
Além disso, para que o tratamento seja efetivo, os dois comprimidos devem ser tomados juntos por via oral, duas vezes ao dia, durante 5 dias. A Anvisa afirma que aprovação da droga levou em consideração a venda do produto no mercado privado em outros países, com a aprovação de autoridades internacionais de referência, como Estados Unidos e Canadá.
A medida também considerou o cenário epidemiológico atual, com a circulação das novas subvariantes da Ômicron e o aumento de casos da doença no país. A diretora relatora da Anvisa, Meiruze Freitas, destacou também que a vacinação continua sendo a melhor estratégia para evitar a infecção pela doença assim como hospitalizações e mortes, mas lembrou que a venda do medicamento no mercado privado irá aumentar a facilidade de acesso ao tratamento contra a doença. A Pfizer, porém, deverá priorizar o abastecimento do medicamento no SUS, afirmou a Anvisa.