A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovbou, nesta quinta-feira (20), o uso da vacina Coronavac contra a Covid-19 em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos de idade no Brasil. Porém, a agência restringiu o uso do imunizante em crianças e jovens imunossuprimidos. A utilização da vacina foi aprovada pelos cinco diretores da reguladora.
No dia 15 de dezembro, um dia antes da Anvisa aprovar a imunização de crianças de 5 a 11 anos com a Pfizer, o Instituto Butantan, fabricante da Coronavac, entrou com um novo pedido de utilização do imunizante nos mais jovens. O pedido feito pelo Instituto contemplava a faixa de 3 a 17 anos. Contudo, a equipe técnica da Anvisa indicou lacunas nos estudos de efetividade e segurança para a população de 3 a 5 anos de idade e em imunossuprimidos.
Gustavo Mendes, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, ressaltou que, quando houver mais dados disponíveis, a agência poderá avaliar a ampliação da faixa etária para 3 a 5 anos.
A aprovação pela Diretoria Colegiada da Anvisa considerou os dados apresentados pela Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos e pela Gerência de Farmacovigilância, que recomendaram a autorização do uso da vacina para a faixa etária de 6 a 17 anos, exceto pessoas imunossuprimidas.
A formulação e dosagem para a faixa etária de 6 a 17 anos são as mesmas da vacina aplicada em adultos. As vacinas devem ser aplicadas em duas doses, com intervalo de 28 dias. Neste momento, o Instituto Butantan conta com 15 milhões de doses do imunizante em estoque para distribuição aos estados e municípios.
A decisão sobre o início da imunização deste público, ficará a critério doMinistério da Saúde.