Apenas 32,4% dos estabelecimentos do setor de bares e restaurantes afirmam ter condições de se manter abertos durante as medidas de isolamento social aplicadas pelo Estado para conter o avanço da pandemia no Ceará. A informação faz parte de uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE).

De acordo com a Abrasel, o levantamento entrevistou 213 empresários no período de 15 á 16 de março. Além disso, o estudo mostra que 45,1% dos bares e restaurantes querem se manter abertos, mas não têm condições financeiras. Outros 7% devem fechar os negócios nos próximos dias, enquanto 9,9% afirmam já terem encerrado as atividades.  

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Taiene Righetto,, a expectativa para os próximos dias, segundo Righetto, está no retorno do  Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), que permite a suspensão de contratos de trabalho e redução de jornadas para poder arcar com os custos.

“E eu tive notícia recente que o projeto de suspensão de jornada que sairia hoje, não vai sair mais. Parece que o presidente Bolsonaro não concordou com o projeto do ministro Paulo Guedes de que o fundo que financiará o projeto virá do seguro-desemprego. Infelizmente a ajuda federal não vem na velocidade que o setor começa a ruim. É desesperador”, disse Taiene. 

O levantamento também aponta que 76,1% das empresas já não possuem mais recursos para pagamento dos funcionários. Outro dado apontado pela pesquisa é que 87,8% das empresas que responderam o questionário, entre bares e restaurantes, já tiveram de demitir funcionários durante a pandemia. A previsão, segundo a pesquisa, é de que 84,5% das empresas deverão realizar novas demissões nas próximas semanas.