Se encerra nesta quarta-feira (15) o prazo para registro de candidatura dos aspirantes ao Planalto. Até o momento, somente 5 dos 13 presidenciáveis protocolaram pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Já estão registradas no TSE as candidaturas de Guilherme Boulos, do PSOL, Geraldo Alckmin, do PSDB, Cabo Daciolo, do Patriotas, Vera Lúcia, do PSTU, e Ciro Gomes, do PDT.

Uma incerteza cerca o Partido dos Trabalhadores, que ainda insiste no nome de Lula. A ideia da sigla é realizar o registro nesta quarta-feira no TSE e pressionar o Judiciário a aceitar a inscrição do ex-presidente. Condenado e preso na Lava Jato, o petista, entretanto, deve ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, já que teve a condenação confirmada em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Em postagens publicadas nas redes sociais em julho, candidatos à Presidência da República comentaram sobre a possibilidade de soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fato que poderia mudar os rumos da corrida presidencial.

Candidato pelo MDB, Henrique Meirelles disse em entrevista recente à Rádio Guaíba que acreditava que Lula não será candidato por conta “de toda a jurisprudência envolvida no caso”.

“Deixo isso para decisão da Justiça. E uma das coisas em que acredito é na independência do Judiciário, a Justiça tem que prevalecer, sou contra politização da Justiça. O que a Justiça decidir, eu respeito e acredito que todos devem respeitar.”

Geraldo Alckmin (PSDB) disse, em julho, que “o Brasil precisa de ordem e segurança jurídica em todas as áreas.” O tucano citou ainda que não se pode transformar o sistema de justiça “em fator de instabilidade”.

Favorável à soltura de Lula, o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, chamou de “chicana” as manobras do juiz Sergio Moro e do desembargador Gebran Neto para anular o habeas corpus de Lula. E ainda acrescentou que o episódio comprova a “partidarização do Judiciário”.

Às vésperas do registro da candidatura do ex-presidente Lula, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, ressaltou nesta segunda-feira (13) as iniciativas populares de participação na política, ressaltando a Lei da Ficha Limpa, que tornou inelegíveis cidadãos condenados na Justiça por um órgão colegiado.

 

 

Com informação do TSE