Antes de ser destituído de uma das vice-lideranças do PSL na Câmara e ficar sem o cargo de Coordenador Geral de Fomento ao Empreendedorismo do Ministério do Turismo, que era ocupado pelo empresário Lucas Fiuza, Freire perdeu a briga, na semana passada, na tentativa de manter o engenheiro Ângelo Guerra na Direção-geral do Departamento Nacional de Obras contra às Secas (DNOCS).
Dentro do Bate-Papo político no Jornal Alerta Geral o jornalista Beto Almeida comenta que o vínculo entre Heitor e a família Bolsonaro está quebrado:
O slogan do “Federal do Bolsonaro” pelo jeito não vai se repetir ou pelo menos no contexto atual tá muito difícil de se repetir para o deputado Heitor Freire, que deixa de ser um aliado dos Bolsonaros. Está no PSL, mas daí a dizer que é homem da estrita confiança, não é mais, visto que já começaram as consequências.
Beto também pontua que o “PSL está acéfalo” em Fortaleza, sem liderança, haja vista que o então presidente da sigla na capital, Lucas Fiuza, abriu mão do cargo após perder a queda de braço e ser retirado do comando da pasta Ministério do Turismo. A nomeação de Fiuza veio após Freire destituir André Fernandes de líder do diretório municipal, dando início a todo clima ruim criado entre os dois.
Angelo era indicação do então senador Eunício Oliveira (MDB) que, sem mandato, saiu de cena. Heitor assumiu a paternidade de Angelo, mas foi vencido pelo deputado federal Genecias Noronha (SD), que emplacou o apadrinhado Rosilônio Magalhães.
A derrota na queda de braço pelo comando do DNOCS deixou Heitor Freire irritado. As conversas de bastidores apontam que o sentimento de revolta foi exposto na assinatura de Heitor Freire do requerimento em apoio à manutenção do delegado Waldir na liderança do PSL.
O gesto contrariou a família Bolsonaro com quem Heitor criou bons laços de proximidade. Heitor não gostou de saber, nos bastidores políticos, que Angelo, que se encontrava em Brasília, na semana passada, para uma audiência com o Ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, não ficaria mais no cargo.
Heitor surgiu, ainda, como o possível autor do vazamento de uma conversa com o presidente Bolsonaro. Em nota de esclarecimento, ele contestou a notícia, anunciou que estava pedindo à Polícia Federal investigação do caso e disse que iria processar que divulgou o que considera como notícia falsa.