A força das palavras e a apologia à violência que se convertem em dor de cabeça para o ex-deputado estadual Delegado Cavalcante. Derrotado nas urnas em 2022, quando tentava renovar o mandato na Assembleia Legislativa, Delegado Cavalcante enfrenta, agora, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral, TRE, que, nessa segunda-feira, o tornou inelegível por oito anos.
Durante a campanha do ano passado, exaltado e, ao microfone durante evento na Praça Portugal, em Fortaleza, o então deputado estadual pregou a violência como caminho para manter ou conquistar o poder ao dizer que ‘’se a gente não ganhar nas urnas, se eles roubarem nas urnas, nós vamos ganhar na bala’’.
Cavalcante fez o discurso quando defendeu a reeleição do presidente Bolsonaro e, no palanque, não mediu as consequências das palavras que foram tidas como agressão à democracia.
A então candidata do PSOL à Câmara Federal, Adelita Monteiro, entrou com ações no Ministério Público Eleitoral contra Cavalcante pedindo a abertura de apuração para investigar os crimes de incitação à violência, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e interrupção do processo eleitoral. Após a condenação, o delegado Cavalcante poderá recorrer ao próprio TRE e, em seguida, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O assunto ganhou destaque no Bate Papo Político com os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida no Jornal Alerta Geral desta terça-feira (14).