Os grupos que controlam os Diretórios Estadual e Municipal do PDT de Fortaleza terão pela frente dias de turbulência diante das divergências que as separam na relação com o Palácio da Abolição e a caminho das eleições de 2024

O novo capítulo dos conflitos interno é a carta de anuência assinada pelo presidente regional do PDT, Cid Gomes, para o deputado estadual Evandro Leitão deixar a sigla e se filiar a outro partido sem correr risco de perder o mandato. Evandro quer se filiar ao PT ou ao PSB para disputar a Prefeitura de Fortaleza.

A carta é um gesto político para não gerar embaraços a Evandro, mas, do ponto de vista jurídico, legal, só terá validade se for endossada pela direção nacional do PDT e, nesse primeiro momento, a sinalização é no sentido contrário.

CARTA DE ANÚNCIA É NULA, DIZ ANDRÉ FIGUEIREDO

O presidente da Executiva Nacional, deputado federal André Figueiredo, se antecipou para dizer que ‘’não precisa nem provocar a direção nacional, a decisão já está nula”. Segundo, ainda, André, ‘’não existe carta de anuência sem passar pela direção nacional”.

A reação de André Figueiredo, que, após pressões, cedeu o comando regional do PDT ao senador Cid Gomes, mostra como é azedo o ambiente interno no partido e que os ressentimentos que surgiram nas eleições de 2022 continuam amargando a convivência entre as alas oposicionista e governista. A briga surgiu na campanha ao Governo quando o PDT rompeu a aliança com o PT e lançou a candidatura de Roberto Cláudio.

André faz parte do grupo do ex-presidenciável Ciro Gomes, do ex-prefeito Roberto Cláudio e do prefeito José Sarto. O bloco puxa a oposição do PDT à gestão do Governador Elmano de Freitas (PT), enquanto o outro grupo, integrado por 10 deputados estaduais, por mais de 30 prefeitos e por Cid Gomes, faz parte da administração estadual.

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