O Poder Executivo gastou 81,1% dos recursos previstos para o auxílio emergencial pago a pessoas em situação de vulnerabilidade. Dos R$ 321,8 bilhões liberados por meio de medidas provisórias, R$ 261,3 bilhões foram efetivamente executados. Até o final do ano, a Caixa deve realizar mais dois ciclos de depósitos, que podem consumir os R$ 60,5 bilhões restantes para a conclusão do programa.

O ritmo de execução do auxílio emergencial supera o desempenho de outras medidas adotadas pelo Poder Executivo para o enfrentamento do coronavírus. De acordo com o Portal Siga Brasil, mantido pelo Senado, o Palácio do Planalto autorizou um total de R$ 605,3 bilhões para o desenvolvimento de 53 ações contra a pandemia. Até terça-feira (17), haviam sido pagos R$ 470,8 bilhões — o equivalente a 77,7%.

Segundo o Ministério da Cidadania, o auxílio emergencial chegou diretamente a 67,8 milhões de pessoas. São desempregados, microempreendedores individuais, trabalhadores informais e contribuintes individuais da Previdência Social. Brasileiros que ficaram sem renda com o impacto da covid-19 sobre a economia.

O que todo esse contingente de vulneráveis ainda não sabe é como pagar as contas a partir de janeiro, com o fim do auxílio emergencial. O Poder Executivo ainda não divulgou oficialmente se vai prorrogar o programa ou incorporar o benefício a outras ações já desenvolvidas, como o Bolsa Família. O impasse ocorre justamente no momento em que o Imperial College, de Londres, alerta para a elevação do ritmo de contágio no Brasil de 0,68 para 1,10. Isso significa que um infectado pode transmitir a doença para mais de uma pessoa, o que aumenta as chances de propagação.

Fonte: Agência Senado