Candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro vai ter que esperar mais alguns dias para receber alta do hospital Albert Einstein, em São Paulo. A alta, prevista para esta sexta-feira, 28, foi adiada devido os médicos terem encontrado uma bactéria em um cateter que foi retirado ontem do abdômen do candidato à Presidência. A informação foi confirmada tanto pela direção do PSL quanto por um dos médicos que atende o candidato no hospital.
O cirurgião Antônio Luiz Macedo informou, no fim da tarde, que um cateter estava infectado e que, por isso, seria necessário estender os antibióticos, por precaução. A expectativa é de que ele receba alta entre sábado, 29, e domingo, 30. Por precaução, ele ainda deverá receber antibióticos pela veia nos próximos dias. “Mas sem repercussão para ele”, declarou Macedo.
O médico explicou que a bactéria identificada foi um germe simples de pele, de “fácil tratamento”. Bactérias da pele, tanto do próprio paciente, como do profissional que o manipula, podem contaminar o cateter. Sempre que o acesso é retirado, os hospitais fazem exames na ponta do equipamento, que fica em contato com o sangue, para saber se ela está contaminada.
Ao constatar a contaminação no cateter, é preciso saber se a infecção chegou ou não à corrente sanguínea. Enquanto isso, Bolsonaro já recebe antibióticos específicos para bactérias da pele, que não são os mesmos administrados para o intestino.
O imprevisto trouxe problemas logísticos à equipe de Bolsonaro, que já havia comprado passagens aéreas para a tarde desta sexta-feira, 28. Por conta das condições clínicas do candidato, a poltrona escolhida tinha sido na primeira fileira da aeronave, que tem mais espaço para as pernas. Ele sairia do aeroporto de Congonhas, próximo ao hospital, e iria aterrissar no aeroporto Santos Dumont, no centro da capital fluminense.
Segundo a direção do PSL, antes de deixar o hospital, o presidenciável deve conceder uma entrevista coletiva, durante aproximadamente cinco minutos. Bolsonaro tem sido orientado a falar pouco para evitar o acúmulo de gases no abdômen. Procurada, a assessoria de imprensa do hospital disse que a informação não é oficial.
O Albert Einstein informou que apenas se posiciona sobre o candidato através de boletins médicos diários, divulgados por volta das 15h. No boletim dessa quinta-feira, o hospital informou que “o paciente não apresenta dor ou febre. Não há disfunções orgânicas e os exames laboratoriais estão estáveis. Segue realizando exercícios respiratórios e de fortalecimento muscular, alternados a períodos de caminhada.”
A nota foi assinada pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, pelo clínico e cardiologista Leandro Echenique e pelo diretor superintendente do hospital, Miguel Cendoroglo. Pouco antes da divulgação, Bolsonaro informou ao Portal Uol Notícias que deveria ser liberado hoje.
Com informações do Portal Uol Notícias