“As previsões dos efeitos da crise sanitária sobre a economia são terríveis” é o que diz o professor de finanças da FGV/EAESP, Fábio Gallo em seu artigo “Um retrato da fome” para o jornal O Estado de São Paulo. O professor escreve sobre o estudo intitulado “A macroeconomia das epidemias: resultados para o Brasil”, publicado pelos economistas da EPGE/FGV, Johann Soares e Matheus Rabelo de Souza. O trabalho buscou medir o impacto das medidas de contenção social na economia brasileira no curto e longo prazos.
Em seu comentário no Jornal Alerta Geral desta terça-feira (26), o jornalista Carlos Alberto Alencar, ressalta que o artigo escrito por Fábio Gallo deveria ser lido por autoridades de todo o Brasil. Esse estudo mostrou que, se o Brasil adotasse uma contenção social ótima, seriam evitadas a morte de 50 mil pessoas, mas produziria uma recessão no curto prazo 3,5 vezes pior do que se não houvesse contenção alguma.
Por outro lado, a contração do PIB seria menor, pois o número de horas trabalhadas cairia menos. Em resumo, segundo o estudo, maior contenção social, menos pessoas perdem a vida e menor o impacto negativo sobre o PIB.
“Por outro lado, mesmo não tendo certeza sobre o futuro no curto prazo, sabemos que a situação é trágica. Assim, logo que a pandemia começou a nos atingir, além das medidas de combate à doença, foram anunciadas medidas para tentar amenizar o potencial do caos econômico trazido pela crise na saúde. O auxílio emergencial de R$ 600 para as pessoas e linhas de crédito para as empresas”, disse Fábio Gallo.
Confira na íntegra o comentário do jornalista Carlos Alberto Alencar: