Com as fortes chuvas, oito cidades cearenses enfrentam, nos últimos dias, situações difíceis e a população está tendo que arcar com as consequências das águas. Guaramiranga, Itapipoca, Missão Velha, Aratuba, Uruburetama, Altaneira, Antonina do Norte e Itapajé estão em situação de emergência, que vale por 180 dias, devido às fortes chuvas no Ceará. 

Em Aratuba, houve um deslizamento de terra que provocou três mortes e outras famílias em risco estão sendo assistidas pelo aluguel social. Já em Itapipoca, 400 pessoas que moram em áreas de risco foram orientadas a deixar as residências. Para dar suporte a essas famílias, a Assembleia Legislativa aprovou, nesta quarta-feira (22), a Mensagem encaminhada pelo Governo do Ceará que permitirá a ampliação do apoio aos municípios afetados pelas chuvas.

A proposta teve origem na última semana, quando, diante de casos graves de enchentes e deslizamentos, o governador Elmano de Freitas reuniu diversas secretarias e órgãos estaduais para tratar de ações urgentes que pudessem reduzir os prejuízos causados em várias cidades cearenses. Na ocasião, o presidente da Assembleia, deputado Evandro Leitão, também participou da construção.

Através da proposta aprovada, o Governo do Ceará vai reforçar o rol de providências que já pode lançar nas situações municipais de emergência ou calamidade pública. Entre elas, passa a prever a possibilidade da concessão pelo Estado de aluguel social a famílias desabrigadas ou que precisem ser retiradas de suas moradias por residirem em área de risco, bem como a possibilidade dessas famílias serem transferidas definitivamente para imóveis adquiridos ou desapropriadas pelo Estado para essa finalidade, ou para moradias disponibilizadas em programa habitacional de governo.

Também fica autorizada a aquisição de cestas básicas, materiais de higiene pessoal, colchões, roupas de cama e banho e outros insumos necessários para atender as famílias alcançadas pela situação de emergência ou estado de calamidade.

O apoio fica condicionado à declaração formal de situação de emergência ou calamidade pública pelo município, seguida do reconhecimento da situação de anormalidade no âmbito Estadual. Ao encaminhar o projeto para a Assembleia, o governador Elmano de Freitas aponta que as recentes chuvas que atingiram boa parte dos municípios cearenses, trazendo transtornos e prejuízos a inúmeras pessoas, evidenciam a importância da institucionalização de uma política pública estadual permanente voltada à prestação do apoio necessário a famílias que passam por essa situação.

Na mensagem, o Governo do Ceará também salienta que já existe a Lei Federal n° 12.608, de 10 de abril de 2012, que dispõe sobre a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC), a qual abrange medidas coordenadas entre as esferas de governo no sentido da prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação voltadas à proteção e defesa civil.

Para concretização desse apoio interfederativo, prevê a legislação um rito procedimental específico, que, no caso de anormalidades em municípios, exige a declaração municipal da situação de emergência ou calamidade pública para que os estados e a União possam melhor contribuir com as autoridades locais para debelar a crise.

As providências como possibilidade de pagamento do aluguel social ou transferência de famílias para moradias seguras ficarão a cargo da Secretaria da Proteção Social (SPS). “Em momentos de calamidade ou situação de emergência, o Estado precisa agir rápido em diferentes frentes para acolher de forma integral a nossa população”, avalia a secretária da Proteção Social, Onélia Santana.

A secretária ressalta, ainda, que as ações da Secretaria da Proteção Social são para reduzir o sofrimento das famílias desabrigadas pelas enchentes e fortes chuvas que atingem os municípios cearenses.

“A SPS vai atender as demandas para manter o compromisso de proteger, cuidar e zelar pelo bem-estar do nosso povo”, afirma Onélia Santana.