O Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Ceará alerta para a campanha Junho Lilás, que conscientiza sobre a importância do teste do pezinho. O objetivo da campanha é chamar a atenção para a importância do exame em bebês recém-nascidos.

Instituído nacionalmente como prática obrigatória no Brasil desde 2001, o teste permite fazer o diagnóstico de doenças genéticas, metabólicas, enzimáticas e endocrinológicas. Quem traz a informação e o alerta é a pediatra do DSAS, Mônica Teixeira.

“Essa doença não tem manifestação no período neonatal e pode causar sequelas graves e até mesmo a morte desses bebês”, ressalta.

A pediatra esclarece que o teste do pezinho pode ser colhido nos hospitais, maternidades, unidades básicas de saúde, casas de parto, comunidades indígenas entre o terceiro e quinto dia de vida.

A pediatra informa que ele é a principal forma de diagnosticar seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, hemoglobinopatias (sendo a mais comum doença falciforme), hiperplasia adrenal congênita, fibrose cística e deficiência de biotinidase.

“Quanto mais cedo forem identificadas essas doenças, melhores as chances de tratamento, pois, quando o teste do pezinho dá positivo, está garantido a esse bebê atendimento com médicos especialistas com tratamento adequado, gratuito e por toda a vida nos 31 serviços de referência em triagem neonatal do País”, afirma.

COMO PROCEDER

A pediatra Mônica Teixeira explica como é realizado o teste:

“São colhidas, num papel filtro, gotas de sangue do pé do bebê, que deve ser aquecido (colocando uma meia por exemplo). A retirada das gotinhas deve ser feita com lancetas descartáveis e estéreis, com o bebê posicionado no braço dos pais, com o pé abaixo do coração, para conseguirmos boas gotas de sangue que vão ser colocadas nos círculos do papel filtro. Depois, o material deve ser encaminhado ao laboratório específico. Os pais irão receber um cartão confirmando a coleta e já marcado o dia do recebimento do resultado do exame”, explica.

Segundo a médica, em caso positivo, o ideal é providenciar uma nova coleta. Os pais também devem ser orientados e encaminhados para médio especialista. Ainda de acordo com ela, é preciso intervir precocemente para garantir tratamento e acompanhamento contínuo às pessoas com diagnóstico positivo (após confirmação clínica e segunda coleta), com vistas a reduzir a morbidade e melhorar a qualidade de vida da família e da sociedade, “evitando sequelas e até mesmo a morte”.

(*)com informação da Assembleia Legislativa