Obra de importância fundamental no atendimento às famílias do Semiárido nordestino que sofrem com a escassez de chuvas e a falta de acesso a água potável, a transposição do Rio São Francisco demandará custos altos de operação e manuntenção aos estados que serão beneficiados pelo projeto.
Por este motivo, a Assembleia Legislativa recriou uma Comissão Especial que terá como propósito discutir os custos dessa obra para o estado e encaminhar possíveis diretrizes para que o impacto nas contas públicas não seja tão feroz. Os custos são em função de todo o processo desde a captação de água, até envio pelas tubulações e percurso até as residências, processo que demanda muita energia elétrica.
De acordo com uma avaliação do atual sistema de gestão do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), apresentado pelo Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), foram identificadas fragilidades quanto ao impacto do custo da energia elétrica e ainda uma priorização na execução das obras em detrimento de planejamentos para garantir manutenção do empreendimento.
Além disso, em função da operação por meio do bombeamento da água, os custos deverão atingir cerca de 800 milhões de reais por ano para os quatro estados receptores (CE, PB, PE, RN). O repasse desses custos para as tarifas de água (saneamento) poderão representar aumentos entre 5% e 21%, considerando os cenários otimista e pessimista, respectivamente.