O índice de atividade turística no último mês de março, portanto no início da pandemia, apresentou queda de 31,7% no Ceará na comparação com fevereiro, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se observarmos igual mês em 2019, a queda chega a 34%. O IBGE ainda revela que restaurantes, hotéis e transporte aéreo de passageiros foram os mais afetados. Todas as doze unidades da federação onde as atividades turísticas são avaliadas acompanharam esta retração.

Como cadeia que envolve diversos negócios, o impacto no turismo deve continuar forte no mínimo até o segundo semestre. A retomada deve ser lenta e acompanhada de novos modelos de negócios e operação. Isso é o que projeta o secretário do Turismo do Ceará (Setur), Arialdo Pinho.

O turismo pós-pandemia, no entendimento de Arialdo, será pautado inicialmente na retomada de confiança dos turistas, além de uma mudança de perspectiva que inclui até uma readequação de preços. “Será preciso readquirir a confiança, começando pelos próprios cearenses”, complementa.

Já o setor de bares e restaurantes, tenta sobreviver à base de delivery. O diretor executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Taiene Righetto, diz que, hoje, estima-se que parte do segmento que ainda opera perdeu 80% de seu faturamento. O restante, que não tem a opção de entrega, está sem renda.