O Grupo de Estudos em Neuroinflamação e Neurotoxicologia da Universidade Estadual do Ceará publicou o trabalho intitulado “Os distúrbios do espectro do autismo podem ser um fator de risco para o Covid-19?”. Nele, os pesquisadores analisam a hipótese de que portadores do Transtorno do Espectro Autista possam ser classificados como grupo de risco para a infecção pelo novo coronavírus.
A pandemia de coronavírus está infectando milhões de pessoas e alguns estudos relacionam condições que podem aumentar o risco de desenvolver um curso fatal para a doença, como diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade. O Transtorno envolve várias modificações no nível genético e imunológico, capazes de serem fatores de risco, assim como as outras condições.
De acordo com o pesquisador e coordenador do Grupo, professor Gislei Frota, trata-se de um estudo inédito. Ele afirma que pela primeira vez foi postulado que o TEA poderia ser fator de risco para Covid-19. O coordenador explica que a hipótese surgiu ao se pensar que pessoas com TEA são mais suscetíveis a infecções e outras co-morbidades, e isto deve-se ao fato delas apresentarem um perfil metabólico diferente com importante desregulação imune.